O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu em evento mais cedo nesta quinta que o novo normal é um câmbio mais desvalorizado, em declaração feita na presença do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que dois dias atrás disse que o BC está “tranquilo” com o câmbio uma vez que não tem havido impactos sobre a inflação.
Pela manhã, o IBGE divulgou que o IPCA-15 foi o mais baixo para fevereiro desde 1994. O número reforça leituras de que o BC tem espaço para voltar a cortar os juros, especialmente num contexto em que a economia dá sinais de maior lentidão e instituições financeiras rebaixam projeções para o PIB —tudo conspirando contra maior entrada de capital no país.
“Esse mix nos sugere que a barra para mais altas dos juros está muito mais alta do que para cortes adicionais”, disseram estrategistas do Morgan Stanley. A queda dos juros tem pressionado o real conforme dissipa a atratividade da moeda como ativo de investimento.
Apesar de a alta nominal de quase 10% do dólar neste ano não ser claramente percebida em índices de preços ao consumidor, o gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, Roberto Serra, considera que o mercado pode estar flertando com uma dinâmica “nociva”.
Fonte: Reuters
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