São Miguel do Guaporé, cidade de aproximadamente 24 mil habitantes no Vale do Guaporé, tem mais da metade dos casos de Covid-19 em trabalhadores de frigoríficos, segundo a prefeitura. A cidade do Vale do Guaporé já teve duas mortes devido à pandemia. Segundo o município, nenhuma das vítimas fatais é trabalhador de frigorífico.
A unidade do frigorífico JBS do município, foi interditada por expor seus trabalhadores ao risco de contágio da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, informa, em liminar, o Ministério Público do Trabalho (MPT-RO) em Rondônia.
Segundo a Prefeitura de São Miguel do Guaporé, havia 129 casos confirmados de Covid-19 na cidade, conforme boletim das 18h de quarta-feira (27), muitos deles em trabalhadores do frigorífico. O primeiro da cidade diagnóstico foi em 12 de maio. Uma semana depois, em 21 de maio, foi registrado o primeiro óbito de São Miguel do Guaporé.
Para o ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de São Miguel do Guaporé (ACISMIG), Jair Silva, popular Jair Top Car, não é possível afirmar que os trabalhadores contraíram o vírus dentro do frigorífico da cidade. Ele confirmou que há casos da doença em funcionários da indústria da carne no município, mas também, não tinha informação sobre quantos testaram positivo.
Em áudio, Jair Silva fala um pouco sobre a situação agravante para a economia do município, pois a unidade do frigorífico JBS de São Miguel do Guaporé, emprega em torno de 6% da população local (mais de mil pessoas).
“Tive conhecimento de que, desde aquele momento [primeiro caso confirmado em São Miguel do Guaporé], a ACISMIG vem dando orientações a eficiência da indústria na prevenção, de não aglomeração, desinfecção do espaço, do uso de máscaras”, completou Jair.
A Secretaria de Estado da Saúde informou por nota que houve fiscalização da Diretoria de Vigilância Sanitária na empresa em São Miguel do Guaporé, e que foram pedidas algumas adequações, dentre elas a desinfecção total. Também afirmou que “a retomada das atividades será autorizada assim que todas as normas sejam adequadas e uma portaria deve ser emitida com normas específicas para o setor.
Da redação
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